Demanda

Médicos indicam paralisação em Santa Vitória

Pediatras e obstetras cobram reposição salarial e melhorias na infraestrutura da Santa Casa

Divulgação -

Médicos pediatras e obstetras que atuam na Santa Casa de Misericórdia de Santa Vitória do Palmar indicaram que pretendem paralisar suas atividades por um período de 30 dias a partir do dia 24 de abril. A decisão dos profissionais foi anunciada na sexta-feira pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). De acordo com a entidade, a mobilização deve ocorrer devido a reivindicações da categoria que não teriam recebido respostas por parte do hospital.

Segundo o sindicato, em janeiro a equipe de médicos da Santa Casa entrou em contato com o Simers para que fosse reivindicada a necessidade de reajuste do sobreaviso - quando o profissional permanece à disposição da instituição de saúde para caso de necessidade de atendimento. Os médicos alegam que, se comparado às demais cidades da região, o valor estaria abaixo. Além disso, a categoria diz não receber reajustes na cidade desde 2017 e cobra também melhorias na estrutura do hospital.

A partir dos pedidos, no dia 14 de fevereiro, a diretora regional do Simers, Daniela Alba, esteve em Santa Vitória do Palmar em reunião com o prefeito Wellington Bacelo (MDB) e membros da administração do hospital. Segundo ela, desde então, passado mais de um mês, pediatras e obstetras ainda não teriam recebido respostas. “É um desrespeito, não pedimos nada além do justo”, reclama.

A diretora do sindicato afirma, por conta disso, a partir do dia 24 de abril ginecologistas, pediatras e obstetras da Santa Casa prometem entrar em paralisação por um mês. Durante o período, apenas casos de urgência terão atendimento para evitar que a população fique desassistida. Daniela diz que a categoria aguarda que sejam pensadas soluções para as reivindicações. “O hospital fica em uma zona de difícil acesso, por isso existe a possibilidade de servidores deixarem seus cargos por não valer a pena. Quem sofre com isso é a população.”
O Simers e a Santa Casa não informaram o número de profissionais destas áreas que pretendem participar da paralisação.

Contraponto
Procurada pela reportagem, a administração da Santa Casa de Santa Vitória do Palmar afirma ter sido surpreendida com a possibilidade de paralisação dos médicos e disse que, no momento, não irá se manifestar sobre o assunto.

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